“Senhor Nicolau” tem medo da água do mar
Família de Aveiro cuida de pinguim há mais de 40 anos "Nicolau Barros" vive numa casa na principal avenida de Aveiro há mais de 40 anos. Tudo seria normal, se "Nicolau" não fosse um pinguim de estimação. Nos anos 60, foram apanhados pelas redes do navio "Ilha de São Nicolau", ao largo da África do Sul, alguns pinguins do Cabo, um deles veio parar a Aveiro. O comandante trouxe-os para Portugal e entregou sete ao Jardim Zoológico de Lisboa, mas o “Nicolau” seguiu para Aveiro escondido da lei numa caixa de sapatos. Foi o único que sobreviveu. O pai de António Barros trabalhava numa clínica em Aveiro. Mandou fazer um pequeno lago e levou o pinguim para lá. Há 20 anos a clínica fechou e desde então, este pequeno jardim é a casa do “senhor Nicolau”. Todos os dias, o "senhor Nicolau" come pelo menos 1 quilo de peixe. Gosta de verdinhos e fanecas e não engraça muito com as sardinhas. São gostos caros. O que vale são os amigos pescadores. Já são mais anos de terra do que de mar. “Nicolau” fartou-se do pequeno lago e da banheira, onde agora já só crescem plantas. Ganhou aversão à água. Banhos, só de mangueira. Há milhões de pinguins do Cabo na África do Sul. Aqui em Aveiro, "Nicolau" está sozinho. Só teve uma namorada e o caso acabou mal. Sete anos e meio depois, a gaivota partiu e nunca mais voltou. Mas o “senhor Nicolau Barros” nunca está sozinho. Mesmo de férias, a família faz uma escala para que esteja sempre alguém para dar de comer ao pinguim e as respectivas mangueiradas. “Nicolau” já é mesmo da família. Está perfeitamente domesticado.Ernesto Barros tem uma química especial com o “Nicolau”. Dos três irmãos, é ele que o leva a passear nas ruas de Aveiro e à praia para brincar na areia. São muitos os olhares de espanto quando as pessoas se cruzam no passeio com um pinguim chamado “Nicolau”. Alguns ainda se lembram dele no lago da antiga clínica há mais de 40 anos. Na maior parte dos dias, Nicolau contenta-se em ver os carros e as pessoas passarem na avenida principal de Aveiro. Ernesto e “Nicolau” cresceram juntos. Os anos de amizade já são tantos que, às vezes, o “Nicolau” é mais do que um animal de estimação. Os donos do pinguim já perderam a conta às perguntas de quem passa. As explicações já estão na ponta da língua. O “Nicolau” parece um pinguim feliz. Gosta da família que encontrou. Dá-se bem com o clima. Gosta da areia, do sol, mas sobretudo da chuva. A escolha deste pinguim parece já ter sido feita há muito tempo. Mais uma vez, o “senhor Nicolau” foi à praia mas decidiu virar as costas ao mar.
Família de Aveiro cuida de pinguim há mais de 40 anos "Nicolau Barros" vive numa casa na principal avenida de Aveiro há mais de 40 anos. Tudo seria normal, se "Nicolau" não fosse um pinguim de estimação. Nos anos 60, foram apanhados pelas redes do navio "Ilha de São Nicolau", ao largo da África do Sul, alguns pinguins do Cabo, um deles veio parar a Aveiro. O comandante trouxe-os para Portugal e entregou sete ao Jardim Zoológico de Lisboa, mas o “Nicolau” seguiu para Aveiro escondido da lei numa caixa de sapatos. Foi o único que sobreviveu. O pai de António Barros trabalhava numa clínica em Aveiro. Mandou fazer um pequeno lago e levou o pinguim para lá. Há 20 anos a clínica fechou e desde então, este pequeno jardim é a casa do “senhor Nicolau”. Todos os dias, o "senhor Nicolau" come pelo menos 1 quilo de peixe. Gosta de verdinhos e fanecas e não engraça muito com as sardinhas. São gostos caros. O que vale são os amigos pescadores. Já são mais anos de terra do que de mar. “Nicolau” fartou-se do pequeno lago e da banheira, onde agora já só crescem plantas. Ganhou aversão à água. Banhos, só de mangueira. Há milhões de pinguins do Cabo na África do Sul. Aqui em Aveiro, "Nicolau" está sozinho. Só teve uma namorada e o caso acabou mal. Sete anos e meio depois, a gaivota partiu e nunca mais voltou. Mas o “senhor Nicolau Barros” nunca está sozinho. Mesmo de férias, a família faz uma escala para que esteja sempre alguém para dar de comer ao pinguim e as respectivas mangueiradas. “Nicolau” já é mesmo da família. Está perfeitamente domesticado.Ernesto Barros tem uma química especial com o “Nicolau”. Dos três irmãos, é ele que o leva a passear nas ruas de Aveiro e à praia para brincar na areia. São muitos os olhares de espanto quando as pessoas se cruzam no passeio com um pinguim chamado “Nicolau”. Alguns ainda se lembram dele no lago da antiga clínica há mais de 40 anos. Na maior parte dos dias, Nicolau contenta-se em ver os carros e as pessoas passarem na avenida principal de Aveiro. Ernesto e “Nicolau” cresceram juntos. Os anos de amizade já são tantos que, às vezes, o “Nicolau” é mais do que um animal de estimação. Os donos do pinguim já perderam a conta às perguntas de quem passa. As explicações já estão na ponta da língua. O “Nicolau” parece um pinguim feliz. Gosta da família que encontrou. Dá-se bem com o clima. Gosta da areia, do sol, mas sobretudo da chuva. A escolha deste pinguim parece já ter sido feita há muito tempo. Mais uma vez, o “senhor Nicolau” foi à praia mas decidiu virar as costas ao mar.
Notícia que encontrei hoje nas notícias da Sic na Net e achei-a tão ternurenta que não pude deixar de a referir aqui no meu blog.
2 comentários:
Oii Isabel !!!
Que linda essa história e totalmente incomum.
O ser humano é capaz de criar laços afetivos e relações de extrema amizade...pena que nem sempre isso ocorra ou seja de interesse de alguns.:)
Foi um prazer vir aqui e encontrar uma história tão meiga.
Bom final de semana
Beijinhos
Ana
Isabel
Adorei a história e até gostava de conhecer o Sr. Nicolau,... lindo.
Bjs
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