520 anos depois da morte, Nuno Álvares Pereira descansa na Igreja do Santo Condestável
Os restos mortais de D. Nuno Álvares Pereira foram trasladados por oito vezes, encontrando repouso, ao fim de 520 anos, na Igreja do Santo Condestável em Lisboa, onde se encontram desde 1951.
Cumprindo-se os seus desejos, frei Nuno de Santa Maria, o nome religioso que D. Nuno Álvares Pereira adoptou ao entrar na Ordem dos Carmelitas Calçados, foi colocado numa sepultura rasa do Convento do Carmo quando ali morreu a 01 de Abril de 1431, levando até ao fim a humildade que caracterizou a última parte da sua vida.
Quase cem anos depois registou-se a primeira trasladação, refere um trabalho do professor Ernesto Castro Leal, da Faculdade de Letras de Lisboa: em 1522, na presença de D. João III, o cadáver foi exumado e, depois de retirados alguns ossos para um relicário ainda hoje guardado pela Ordem dos Carmelitas, foi ali erguido um mausoléu de alabastro onde foram depositados os restos mortais.
Em 1548 ocorreu a segunda trasladação, com a deslocação do mausoléu, no interior da igreja, para a zona do Presbitério, junto ao lado do Evangelho, com o objectivo de dar mais relevo ao túmulo.
Ali se manteve até ao terramoto de 01 de Novembro de 1755, que destruiu o convento, deixando-o em ruínas, e o mausoléu.
A 21 de Março de 1768, os ossos de frei Nuno de Santa Maria, que estavam guardados numa caixa de pau de Angelim, foram colocados num mausoléu de madeira a imitar o anterior, situado na zona do templo apenas utilizada pelos religiosos carmelitas.
Na mesma altura foi lavrado um auto, catalogando e descrevendo as ossadas encontradas.
A quarta trasladação registou-se a 14 de Março de 1836 e envolveu a saída dos restos mortais e do túmulo do convento do Carmo para a igreja de São Vicente de Fora, onde, desde D. João IV, a Casa de Bragança tinha um segundo Panteão (o primeiro situava-se no palácio ducal de Vila Viçosa).
Recorde-se que D. Nuno Álvares Pereira está na origem da Casa de Bragança, pois a sua filha Beatriz casou com D. Afonso, bastardo de D. João I, primeiro duque de Bragança.
Transportado em coche real, o túmulo ficou colocado no vão da capela lateral do Cruzeiro da Igreja da parte do Evangelho.
As duas trasladações seguintes foram no interior da igreja de São Vicente de Fora, contígua à actual sede do Patriarcado de Lisboa: em 09 de Março de 1895 o túmulo foi transferido para a capela particular do Paço Patriarcal, no rés-do-chão do edifício, e em Agosto de 1912 voltou ao piso superior, junto ao Panteão da Casa de Bragança.
A 05 de Março de 1906 concluiu-se o exame e identificação das ossadas, comparando o conteúdo do túmulo com o auto elaborado em 1768, o que veio a ser repetido em Fevereiro de 1918, na sequência da beatificação de frei Nuno de Santa Maria, em Janeiro desse ano.
Para 02 de Março de 1918 esteve prevista nova trasladação, desta vez para o Mosteiro dos Jerónimos, que veio a ser inviabilizada pela feroz oposição dos integralistas de A Monarquia, que se revoltaram contra a pretendida intenção de fazer transportar a urna num armão da Artilharia.
Depois de acesa discussão sobre o melhor local para depositar os restos mortais de D. Nuno Álvares Pereira (o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, chegou a ser alvitrado), a urna foi trasladada, de carro, para a Capela da Ordem Terceira do Carmo, onde permaneceu até 1951 em más condições de segurança.
A 14 de Agosto de 1951, 566 anos depois da batalha de Aljubarrota, foi sagrada a nova Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, para onde foram trasladados nesse mesmo dia, em grande cortejo, os restos mortais do beato Nuno de Santa Maria, que ali repousam numa urna de mármore negro.
Os restos mortais de D. Nuno Álvares Pereira foram trasladados por oito vezes, encontrando repouso, ao fim de 520 anos, na Igreja do Santo Condestável em Lisboa, onde se encontram desde 1951.
Cumprindo-se os seus desejos, frei Nuno de Santa Maria, o nome religioso que D. Nuno Álvares Pereira adoptou ao entrar na Ordem dos Carmelitas Calçados, foi colocado numa sepultura rasa do Convento do Carmo quando ali morreu a 01 de Abril de 1431, levando até ao fim a humildade que caracterizou a última parte da sua vida.
Quase cem anos depois registou-se a primeira trasladação, refere um trabalho do professor Ernesto Castro Leal, da Faculdade de Letras de Lisboa: em 1522, na presença de D. João III, o cadáver foi exumado e, depois de retirados alguns ossos para um relicário ainda hoje guardado pela Ordem dos Carmelitas, foi ali erguido um mausoléu de alabastro onde foram depositados os restos mortais.
Em 1548 ocorreu a segunda trasladação, com a deslocação do mausoléu, no interior da igreja, para a zona do Presbitério, junto ao lado do Evangelho, com o objectivo de dar mais relevo ao túmulo.
Ali se manteve até ao terramoto de 01 de Novembro de 1755, que destruiu o convento, deixando-o em ruínas, e o mausoléu.
A 21 de Março de 1768, os ossos de frei Nuno de Santa Maria, que estavam guardados numa caixa de pau de Angelim, foram colocados num mausoléu de madeira a imitar o anterior, situado na zona do templo apenas utilizada pelos religiosos carmelitas.
Na mesma altura foi lavrado um auto, catalogando e descrevendo as ossadas encontradas.
A quarta trasladação registou-se a 14 de Março de 1836 e envolveu a saída dos restos mortais e do túmulo do convento do Carmo para a igreja de São Vicente de Fora, onde, desde D. João IV, a Casa de Bragança tinha um segundo Panteão (o primeiro situava-se no palácio ducal de Vila Viçosa).
Recorde-se que D. Nuno Álvares Pereira está na origem da Casa de Bragança, pois a sua filha Beatriz casou com D. Afonso, bastardo de D. João I, primeiro duque de Bragança.
Transportado em coche real, o túmulo ficou colocado no vão da capela lateral do Cruzeiro da Igreja da parte do Evangelho.
As duas trasladações seguintes foram no interior da igreja de São Vicente de Fora, contígua à actual sede do Patriarcado de Lisboa: em 09 de Março de 1895 o túmulo foi transferido para a capela particular do Paço Patriarcal, no rés-do-chão do edifício, e em Agosto de 1912 voltou ao piso superior, junto ao Panteão da Casa de Bragança.
A 05 de Março de 1906 concluiu-se o exame e identificação das ossadas, comparando o conteúdo do túmulo com o auto elaborado em 1768, o que veio a ser repetido em Fevereiro de 1918, na sequência da beatificação de frei Nuno de Santa Maria, em Janeiro desse ano.
Para 02 de Março de 1918 esteve prevista nova trasladação, desta vez para o Mosteiro dos Jerónimos, que veio a ser inviabilizada pela feroz oposição dos integralistas de A Monarquia, que se revoltaram contra a pretendida intenção de fazer transportar a urna num armão da Artilharia.
Depois de acesa discussão sobre o melhor local para depositar os restos mortais de D. Nuno Álvares Pereira (o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, chegou a ser alvitrado), a urna foi trasladada, de carro, para a Capela da Ordem Terceira do Carmo, onde permaneceu até 1951 em más condições de segurança.
A 14 de Agosto de 1951, 566 anos depois da batalha de Aljubarrota, foi sagrada a nova Igreja do Santo Condestável, em Campo de Ourique, para onde foram trasladados nesse mesmo dia, em grande cortejo, os restos mortais do beato Nuno de Santa Maria, que ali repousam numa urna de mármore negro.
Informação retirada de Destak.
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