Acervo do Museu Nacional do Azulejo integra desde a azulejaria arcaica até à contemporânea
Museu do Azulejo com nova directora .
Convento da Madre de Deus celebra 500 anos em 2009 com exposições e conferências
26.09.2008 - 16h16 Lusa
26.09.2008 - 16h16 Lusa
O Convento da Madre de Deus, onde está instalado o Museu Nacional do Azulejo (MNAZ), vai celebrar 500 anos em 2009, uma data que a nova directora do museu quer assinalar com a realização de conferências e exposições.Fundado em 1509 pela Rainha D. Leonor, viúva de D. João II e irmã de D. Manuel I, o convento foi propriedade da Ordem de Santa Clara, o ramo feminino da Ordem dos Franciscanos. "Nessa época só vinha aqui a aristocracia culta. Só entrava quem sabia ler e escrever", recordou a nova directora Maria Antónia Pinto Matos, que hoje tomou posse do cargo numa cerimónia oficial realizada no museu. Em 1550, viria a ser construída a actual Igreja da Madre de Deus, por ordem do Rei D. João III, sendo posteriormente decorada nos reinados de D. Pedro II, D. João V e D. José, entre finais do século XVII e meados do século XVIII. O templo possui talha e azulejos considerados dos melhores exemplos do Barroco em Portugal. "Podemos mesmo afirmar que o teatro português terá começado aqui porque foi o espaço onde foi apresentado o auto de Sibila Cassandra. Esta peça foi escrita por Gil Vicente para ser aqui apresentada", salientou a conservadora. Para celebrar os 500 anos do Convento da Madre de Deus, a directora do MNAZ vai realizar em 2009 um ciclo de conferências sobre o monumento e a sua história, em Abril e Maio, e ainda apresentar uma exposição sobre a fundação do templo.Manutenção e conservação do edifício histórico são prioridadesA nova directora do Museu Nacional do Azulejo destacou a conservação do Convento da Madre de Deus, em Lisboa, onde o museu está instalado, e a divulgação da colecção de azulejos como principais prioridades do seu projecto.Instalado no antigo convento da Madre de Deus, o Museu Nacional do Azulejo (MNAZ) possui um acervo que percorre o século XV até início do século XIX, integrando desde a azulejaria arcaica até à contemporânea. No final da tomada de posse, Maria Antónia Pinto Matos sublinhou que as prioridades como directora do museu serão a manutenção e conservação do edifício histórico e também das colecções, "divulgando-as cada vez mais através de exposições".
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