O navio afundado ao largo da Namíbia tem canhões, instrumentos e moedas portuguesas e espanholas. Os cientistas acreditam que se trate de uma caravela portuguesa. O navio encontrado na Namíbia pode ser uma nau da rota das Índias. Não há certezas, mas a notícia está a correr o mundo: do fundo do Atlântico abre-se uma janela sobre o passado. No dia 1 de Abril, por mero acaso, uma equipa de arqueólogos da empresa de diamantes sul-africana, De Beers, numa das suas expedições, descobre os restos de um navio e um verdadeiro tesouro: duas mil e quinhentas moedas de prata e ouro, portuguesas e espanholas, dois astrolábios e cinquenta dentes de marfim. O achado foi silenciado durante algumas semanas, mas nos últimos dias uma viagem pela Internet mostra a dimensão do tesouro. Numa fotografia, o chefe da equipa, o arqueólogo Dieter Noli, conta as moedas encontradas e desfazem-se as dúvidas: tudo indica que o navio é português mas, ao contrário do que chegou a ser divulgado, não se trata da caravela de Bartolomeu Dias. Os arqueólogos portugueses defendem que deverá tratar-se de uma nau da rota das Índias que terá partido de Lisboa em direcção à Índia. Os lingotes de ouro a bordo indicam que ainda não se tinham realizado trocas comerciais. A viagem terminou na costa da Namíbia, junto ao que é, cinco séculos depois, a fronteira com a África do Sul. A pergunta que se coloca é como pode o património regressar ao porto de origem? Seguem-se negociações diplomáticas. Oficialmente, Portugal ainda não foi informado e a Namíbia não assinou a convenção da UNESCO que protege o património arqueológico que estipula a partilha do achado. Ainda não há técnicos portugueses no local, apesar da importância histórica do achado. A tripulação da caravela portuguesa, em meados do século XVI, rondava os 50 homens. A confirmar-se a suspeita dos historiadores, o tesouro descoberto na Namíbia pode revelar um pouco mais da nossa História.
Noticiado hoje pela SIC na Internet.
3 comentários:
Se Portugal está à espera que a Namíbia diga alguma coisa relativa a esse espólio podem esperar sentado, a exemplo no que acontece noutras situações, somos sempre os ultimos a chegar.
Estou aqui por nenhuma razão especial. Gostei do que li. Por "falar" em caravela, resolvi escrever que anda uma pelo Tejo (Santa Maria) e já a apanhei em frente ao Cabo Raso. Parece uma casquinha de noz, vista lá de cima. Que aventureiros que nós fomos.
Bom fim de semana.
Cordiais saudações.
Que historia fascinante...espero que Portugal posa reaver os tesouro que lhe pertence..ou sera que o diatado "achado nao eh roubado..." sera utilizado pelos que acharam...
Origada pelo carinho e parabens pelos 32 anos juntos...
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